quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Aí vem o Natal, época em que se renovam as esperanças, as congratulações, as amizades, as metas a concretizar e a estranha sensação de que tudo vai dar certo no próximo ano: A saúde dos enfermos se restabelecerá; Os quilinhos a mais se dissiparão; Aquele aumento no salário, tão desejado, enfim, será concedido; O emprego há tanto tempo batalhado será uma realidade; A aprovação no concurso será gloriosa; A casa própria deixará de ser um sonho inalcançável; Aquela viagem vai acontecer; Aquela pessoa vai ligar e o amor-metade-da-sua-laranja vai pintar, trazendo consigo a certeza de que todos os outros ítens da sua lista de metas não têm mais a menor importância, aconteçam ou não... Ah! Tem também o prêmio da loteria, que alguns, como eu, nem sequer arriscam-se a ganhar, já que não jogam nunca, mas reconhecem que seria a única forma concreta de realizar todos os demais sonhos (com exceção da saúde dos enfermos, nem sempre comercializável, assim como o amor-de-verdade, embora saibamos que, com grana, até isso poderá pintar, mesmo não tão verdadeiro como gostaríamos).

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